Gestão de inventário: boas práticas para PMEs

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Artigo de opinião
Gestão de inventário: boas práticas para PMEs
Organised SME warehouse with numbered shelves and employees performing inventory count.

Gerir o inventário é uma das tarefas mais críticas - e mais desafiantes - para qualquer PME. Quando o stock está mal controlado, a operação perde eficiência, o capital fica parado e as oportunidades de venda escapam. Quando está bem gerido, o inventário transforma-se num motor de fluidez, previsibilidade e rentabilidade. É o espelho da maturidade logística de uma empresa.

A verdade é que muitas PME continuam a gerir o seu inventário de forma reativa. Só olham para o stock quando falta produto, quando há reclamações ou quando o armazém já não tem espaço. A boa gestão começa muito antes disso - começa com dados fiáveis, processos padronizados e uma cultura que entende o stock como um ativo estratégico, não apenas um custo.

A primeira boa prática é simples, mas poderosa: saber exatamente o que se tem e onde está. Isto significa ter inventários físicos regulares, cruzados com registos digitais, e não depender apenas da memória ou da “experiência do armazém”. Uma PME que implementa contagens cíclicas, mesmo que mensais ou semanais por zonas, reduz drasticamente as diferenças e ganha confiança na informação.

Depois vem o segundo passo: classificar para priorizar. Nem todos os artigos são iguais. A aplicação do método ABC - focando o controlo mais apertado nos itens que representam maior número de movimentos -  é uma ferramenta essencial para equilibrar esforço e impacto. As grandes empresas já o fazem há décadas; as PME têm hoje acesso a ferramentas simples que permitem fazê-lo de forma rápida e acessível.

A terceira boa prática é ligar o inventário à procura real. Muitos erros acontecem porque os níveis de stock são definidos “a olho” ou por histórico puro. Integrar o inventário com as vendas e compras, através de um ERP ou WMS, permite ajustar automaticamente quantidades, repor de forma inteligente e antecipar ruturas. A tecnologia já não é um luxo; é uma alavanca competitiva.

Mas não basta tecnologia sem disciplina. Um layout bem desenhado, com endereçamento claro e fluxos lógicos de entrada e saída, reduz percursos e erros humanos. A ergonomia do armazém tem impacto direto na produtividade - e pequenas mudanças, como reorganizar zonas de picking ou usar códigos de barras, geram ganhos rápidos e sustentáveis.

Outro ponto-chave é a definição de indicadores (KPIs) que permitam medir a performance. Sem métricas, não há melhoria. Rotação de stock, taxa de ruturas, fiabilidade de inventário e lead time de reposição são alguns dos indicadores que dão visibilidade ao negócio e permitem tomar decisões com base em factos.

Uma boa gestão de inventário também depende de pessoas envolvidas e formadas. Não adianta desenhar processos se quem os executa não entende o “porquê”. Envolver equipas na construção de novos métodos, promover sugestões e dar feedback sobre resultados cria uma cultura de responsabilidade partilhada e melhoria contínua.

Por fim, a melhor boa prática é talvez a mais simples: manter o sistema vivo. O inventário não é um projeto pontual - é um processo que deve ser continuamente revisto, melhorado e adaptado à realidade do negócio. Crescer sem ajustar a forma como se controla o stock é receita certa para o caos.

As PMEs que tratam o inventário como parte da sua estratégia, e não apenas como uma necessidade operacional, estão um passo à frente. Conseguem reduzir custos, libertar capital, servir melhor os clientes e preparar o caminho para crescer de forma sustentável.

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